domingo, 21 de janeiro de 2007

Predisposição Mental

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Decididamente, eu não ia escrever nada. E, cada vez mais, esta ficando mais difícil para eu escrever. Antes escrevia muito mais, agora quase não escrevo. E já estou vendo o dia em que abandonarei completamente o meu Blog e não escreverei nada mais. O ritmo esta diminuindo dia a dia. E, quem lê o meu Blog – se é que existe alguém que lê o meu Blog -, já sabe os meus motivos. Porque eles são sempre os mesmos: auto-estima baixa, desconfiança do meu “talento”, insegurança, pouca repercussão do que escrevo, pouco acesso a meu Blog – e eu, sozinho, não tenho coragem para fazer propagando do meu blog, comodismo; e tudo aquilo que se refere a se sentir um “nada”, um sentimento incrivelmente persistente, quase obsessivo. Se não tenho ninguém pra ficar me “empurrando” eu sempre acabo desistindo de tudo e vivo a mercê do eterno vai e vem da minha auto-estima.

Este prólogo foi escrito na intenção de elucidar um tema que eu estava pensando a respeito da predisposição mental ou “preconceitos”, ou o automatismo do cérebro humano, quando a mente cria uma cadeia de pensamentos onde sintetiza a personalidade das pessoas e conjuga para isto sentimentos e estados de espírito para criar um comportamento tal, que seja auto-justificado para a totalidade e o conjunto total que define um ser humano. Chamasse comportamento reincidente, algo que eu inventei agora. O meu cérebro conhece antecipadamente, todos os meus medos, neuras e todos os sentimentos a qual uso como um espelho para me ver e para identificar-me ou classificar-me segundo vários paradigmas, e como eu vou me relacionar comigo mesmo e com a sociedade. O cérebro, que surgiu antes do “eu” existir, conhece mais profundamente eu do que eu próprio e neste caso ele dita o que devo fazer, e para isto, ele vai pegar certas disposições mentais predefinidas, que são a somatórias da minha visão de mundo, conjugações de medos, traumas, e como eu lido com o sucesso e o fracasso, a frustração as minhas ambições e desejos, as minhas motivações, o meu censo de estética e critica e auto-critica, tudo aquilo que fundamenta o meu ser. Com estes dados definidos a mente cria estados de espíritos e uma gama grande de “pre-emoções” que moldaram o comportamento humano, em certo limite. Por isto é tão difícil mudar. O meu cérebro conhece as minhas dificuldades e medos, conhece o meu derrotismo e pessimismo... sabe que nunca tive sorte na vida e tem em evidencia toso os meus fracassos, sabe o quanto fui humilhado pela sociedade, negligenciado e como para me defender tive que criar um casulo e me isolar e me anular, anular os meus desejos e vontades, criando um mutismo característico. Antecipadamente, tudo isto o meu cérebro conhece, e a partir deste ponto de vista pessoal ele irá moldar o meu comportamento diante do mundo. E uma das manifestações deste pensamento ou aglomerado de significados e fazer com que eu desista de tudo e nem ao menos tente, porque mesmo antes de tentar, o meu cérebro, já definiu que eu vou fracassar. Uma coisa que precisa ficar clara e que este processo automático, esta síntese de significados e emoções, não é definido puramente por mim, sou um “sujeito” passivo. Não sou “eu” que comando todo este processo, e um mecanismo, talvez irracional ou inconsciente, a qual o cérebro ou a mente, antes de mim, origina todo este amontoado de significados. E gera uma enorme gama de emoções, sentimentos, sensações, efeitos psicossomáticos, pensamentos reincidentes (um filminho que passa pela cabeça), etc,etc... Mudando a perspectiva, a iniciativa, gerando comportamentos predefinidos e ações esperadas que são reincidentes. Todo o meu comportamento, a minha visão de mundo subjetiva é definida desta maneira. No entanto, isto não é uma sentença de morte. Mudar é extremamente difícil, e dependendo do que se quer mudar, fica mais difícil ainda. Mas a mudança ainda é possível. E necessário entrar em contato consigo mesmo, o mago do ser, e nunca força contraia, criando novos modelos, novas estruturas cerebrais e o comportamento, paulatinamente e lentamente, será alterado de forma definitiva e não provisória. Porque o “eu” pode deixar ser comandado pelos seus próprios “preconceitos” e predisposições, mas o “eu” também pode, analisando, procurando entender, entrando em contado com sues medos, modificar o seu comportamento. Mas o “eu” precisa ter uma força ativa, presente e persistente... No entanto, em relação a mim, e pela minha visão negativa, a qual não consigo sair, a mudança é altamente improvável. Talvez, com muito esforço e uma dedicação plena, que não sei onde encontrar, possa mudar uns 20% do meu comportamento no máximo.

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